River Plate faz campanha contra o racismo antes de jogo sem público pela Libertadores

Clube foi punido por uso excessivo de sinalizadores na semifinal da edição do ano passado da competição

O River Plate faz sua primeiro jogo como mandante na Libertadores 2025 nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Barcelona de Guayaquil, pelo Grupo B. A partida, porém, será realizada com portões fechados. Devido ao uso excessivo de sinalizadores na semifinal do ano passado, contra o Atlético-MG, os argentinos foram punidos com um jogo sem torcida.

Nesta segunda-feira, véspera do confronto, o clube lançou uma campanha contra o racismo. O vídeo (veja no topo da matéria) é narrado por “um gol do River Plate”, que admite ser gritado por todos os tipos de torcedores e só não admite discriminação. Confira o texto abaixo:

“Sou um gol do River, pode me gritar aquele que anda de terno e o que usa couro, o vitalício e o debutante. Aquele que mora a dez quarteirões do estádio e aquele que mora a 10 mil quilômetros de distância. Aquele que o apoio desde o berço e aquele que o apoia até o caixão. Pode me gritar o estrangeiro que mora aqui e o daqui que mora no exterior. Aquele que vê o jogo no maior estádio e aquele que escuta na rádio mais modesta.

Aquele que mora no sul e aquele que sobe à arquibancada mais alta. O mais milionário e o mais milionário. Aquele que tem pele de galinha e aquele que tem uma galinha na pele. Sou um gol do River. Nunca me importo com quem me grita, desde que me gritem igualmente. A paixão não discrimina, não discriminemos em nome dela. Não ao racismo”.

River Plate, Monumental de Núñez, Galo, Atlético-MG — Foto: JUAN MABROMATA / AFP

River Plate e Barcelona dividem a liderança do Grupo B, com três pontos. Na primeira rodada, o time de Guayaquil venceu em casa por 1 a 0 o clássico com o Independiente del Valle. Pelo mesmo placar, o River bateu o Alianza Lima, no Peru.

Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 201420152016201720182019202020212022 e 2023 com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui

Fonte: GE