Nove fatos sobre o 9: quem é Lukaku, o mais brasileiro dos belgas

Lukaku é o maior goleador da história da seleção belga (Foto: Mike Hewitt – FIFA/FIFA via Getty Images)

Romelu Lukaku é a ponta final do forte ataque da Bélgica. Autor de dois gols na estreia da seleção na Copa do Mundo, o centroavante do Manchester United coleciona marcas impressionantes e histórias ainda mais marcantes.

E elas envolvem até uma relação com o Brasil. Confira abaixo nove histórias sobre o camisa 9 da Bélgica.

          Quase brasileiro

Em entrevista à ESPN Brasil, Lukaku mostrou que é fluente em português (ele fala outras cinco línguas). É reflexo da convivência com jogadores brasileiros, como David Luiz e Willian no Chelsea, e da admiração pelo futebol brasileiro. Ele tem Adriano como uma inspiração – acredita ter um estilo parecido com o do Imperador. Do Brasil, também admira o feijão, parecido com o do Congo, de onde sua família é originária. Gosta de feijoada, churrasco e guaraná.

          Maior goleador da Bélgica

David Luiz e Lukaku nos tempos de Chelsea (Foto: Agência EFE)

Os dois gols marcados na estreia da Bélgica na Copa do Mundo aumentaram as marcas de Lukaku defendendo o país. Ele é o maior goleador da história da seleção belga, com 38 gols em 70 jogos. Marcou 11 vezes nas eliminatórias europeias para o Mundial da Rússia, atrás apenas de Lewandowski, da Polônia, e Cristiano Ronaldo, de Portugal.

          Música polêmica

Torcedores do Manchester United criaram uma música, digamos, ousada para Lukaku. A letra fala sobre certo atributo físico do atacante. “He’s our belgian scoring genius/ with a 24 inch penis”, diz a letra. Em português (e sem rima), seria algo como “Ele é nosso genial goleador belga/ com um pênis de 60 centímetros”. A música foi vista como racista por muitos ingleses, por reforçar um estereótipo, e o empresário de Lukaku, Mino Raiola, soltou um comunicado pedindo que os torcedores não a cantassem mais. “Estão falando mais sobre a música do que sobre os gols dele”, disse o agente.

          Documentário

Em 2010, Lukaku foi o protagonista de um documentário que mostrava a vida de um jovem jogador, dividindo-se entre estudos e o sonho de se tornar profissional (veja cenas abaixo). Em dado momento, ele diz que se um dia jogar no estádio do Chelsea, chorará pela primeira vez na vida. Um ano depois, ele seria contratado justamente pelo Chelsea.

           Pobreza na infância

Em depoimento ao Player’s Tribune, Lukaku revelou o momento em que, quando criança, percebeu a pobreza que envolvia a família. Suas refeições costumavam ser compostas de pão e leite. Até que um dia ele observou a mãe misturando água ao leite. “Não tínhamos dinheiro para a semana inteira. Estávamos falidos. Não apenas pobres, mas falidos”, disse.

          Profecia

Lukaku em ação pelo Anderlecht (Foto: Getty Images)

Ciente da situação de miséria da família, Lukaku, com seis anos, disse aos pais que seria jogador do Anderlecht e perguntou com que idade era possível se profissionalizar. O pai disse que era com 16. “Dezesseis, então”, respondeu o menino. Dez anos depois, estrearia no time profissional do Anderlecht.

          Top 10 de estrangeiros na Premier League

Lukaku joga no Manchester United, e este já é seu quarto clube na Inglaterra. Antes, defendeu Chelsea, West  Bromwich e Everton. Somados todos os clubes, já tem 101 gols na Premier League. É o décimo artilheiro com mais gols na história da competição.

          Dúvidas sobre idade

Quando tinha 11 anos, jogando uma competição de crianças, Lukaku ouviu insinuações, do pai de um outro menino, de que seria mais velho. Ele pegou a carteira de identidade e mostrou aos adultos. E lembra de pensar: “Eu vou matar seu filho ainda mais agora. Eu já ia matá-lo, mas agora vou destruí-lo. Você vai levar esse menino para casa chorando”.

          Mesma chuteira, sem futebol na TV

A pobreza tinha reflexos no futebol. Lukaku usava a mesma chuteira do pai, que também tinha sido jogador. E não conseguia assistir aos jogos que só passavam na TV a cabo. Chegava à escola, via os colegas comentando sobre as partidas e tinha que fingir que estava por dentro do assunto. Mal sabia que viraria um astro das maiores competições do planeta.

Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 20142015 e 2016, com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui

Fonte: GloboEsporte

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