Bar frequentado por torcida do Botafogo na Argentina posta foto de macaco; publicação é apagada

Grupo de torcedores alvinegros no país solicitou remoção do conteúdo e um pedido de desculpas; estabelecimento prometeu desligar autor

Kraken Bar, em Buenos Aires, frequentado por torcedores do Botafogo, posta foto de macaco — Foto: Reprodução

O Kraken Bar, estabelecimento em Buenos Aires que funcionou como ponto oficial de encontro da torcida do Botafogo, vencedor da Libertadores no último sábado, fez uma publicação de cunho racista nesta terça-feira. Ao fazer uma “homenagem” ao fim de semana, incluiu um torcedor com máscara de macaco portando uma bandeira do alvinegro.

O bar fica em Puerto Madero, zona turística da capital argentina, e recebeu mais de mil torcedores por noite na última semana. Os alvinegros assistiram lá a vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras, pelo Brasileirão, na terça-feira passada, assim como comemoraram o título do torneio continental no sábado, após a vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 1, no Monumental de Núñez.

Alguns eventos foram organizados pela Argenfogo, grupo de torcedores alvinegros que reside na Argentina e auxiliou na recepção a muitos brasileiros. A bandeira que aparece sendo portada na publicação pertence ao coletivo.

Kraken Bar, em Buenos Aires, frequentado por torcedores do Botafogo, posta foto de macaco — Foto: Reprodução

A postagem do Kraken Bar gerou revolta em muitos torcedores, segundos relatos acessados pelo GLOBO. Eles exigiram desculpas e até sugeriram um boicote ao local, pois vários brasileiros ainda se encontram em Buenos Aires.

Horas depois, a publicação foi apagada. A Argenfogo exigiu a remoção do conteúdo racista e uma retratação, que veio através do story do Instagram. O dono e a equipe do bar ainda prometeram desligar o autor da publicação.

Kraken Bar, em Buenos Aires, frequentado por torcedores do Botafogo, posta foto de macaco — Foto: Reprodução

Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 201420152016201720182019202020212022 e 2023 com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui

Fonte: O GLOBO