Time de futebol formado por homens trans é criado em Goiânia

A capital de Goiás formou o seu próprio time com jogadores trans, de acordo com o Jornal Daqui. O Transliga foi idealizado por John Maia, superintendente de pautas LGBTQIA+ na Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Goiânia, abre espaço para que homens trans possam jogar futebol.

“Falar do Transliga é falar de uma esperança que nasceu. O time surgiu de um campeonato que foi realizado em São Paulo, a Taça da Diversidade, que antecede a Parada [LGBTQI+]. Eu, alguns meninos e meninas estivemos lá para prestigiar alguns workshops e fizemos visitas ao Centro de Acolhida João Nery“, contou o superintendente ao Jornal Daqui.

“Participamos da Taça da Diversidade e fiquei tão encantado em ver tantos meninos trans, travestis, homens e mulheres cisgêneres fazendo aquele amistoso. Eu vim com aquela ideia de que tem que ser feito algo no Centro-Oeste“, acrescentou John.

Equipe é formada por homens trans

O time, que surgiu com o propósito de inclusão, tem como líder Rodrigo Fernandes, que já é técnico de um time gay, o Barbie’s. “Começamos a criar uma proximidade muito grande. Depois que cheguei de São Paulo entrei em contato com o Rodrigo e falei que tinha uma missão para ele. […] Ele respondeu na mesma hora: ‘pode contar comigo‘”, lembrou John.

O Transliga já está em atividade há quase um mês. “Estamos marcando um amistoso para agosto. Também já temos um campeonato para participar, que será o ‘1º Campeonato Nacional para Homens Trans e Trans Masculines do Brasil’, a ser realizado nos dias 19 e 20 de novembro, em São Paulo“, revelou John.

O time, que conta com 20 jogadores, agora busca de apoio da Secretaria Municipal de Esporte de Goiânia. “Não temos nada, só garotos com vontade de jogar e querendo fazer diferença na própria vida para poder distrair da dificuldade que já é nosso dia a dia“, contou o superintendente.

“Hoje, nosso foco é apoio, porque as quadras que alugamos sai R$120,00 a hora e nem todos têm condições de pagar. Estamos em busca de campo, bola, meiões, chuteiras, caneleiras e até uniformes“, acrescentou John.

→ Para quem deseja apoiar, basta entrar em contato pelo Instagram do time (@transligagyn) ou pelo WhatApp (62) 99204-7305.

Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 2014201520162017 , 20182019 e 2020 com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui

Fonte: Scruff Blog