Assistente que paralisou jogo ao ser chamado de macaco registra boletim de ocorrência

Bandeira mostrou aos policiais o torcedor, que segundo ele, trajando a camisa do Grêmio, no meio da torcida do Nacional, teria proferido os insultos racistas, mas ninguém foi detido — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
O assistente Uesclei Regison Pereira dos Santos registrou um boletim de ocorrência para denunciar suposta injúria racial que sofreu na partida entre Nacional e Princesa, realizada nesta quarta-feira, na Arena da Amazônia, pela quarta rodada do Amazonense.
O boletim foi registrado às 00h17, pouco mais de duas horas após a suposta ofensa, no 10º Distrito Integrado de Polícia, Zona Centro-Oeste de Manaus. Uesclei chegou a paralisar o confronto ao ser chamado de macaco, inclusive identificando o agressor, que seguiu no estádio até o apito final.
No boletim de ocorrência o caso consta como injúria consumada dolosa. Ele praticamente repete as acusações relatadas na súmula da partida. E volta a identificar o suspeito, que supostamente trajava uma camisa do Grêmio. Veja a íntegra abaixo.
“A vítima informa que estava na Arena da Amazônia como árbitro assistente do jogo Nacional x Princesa (Campeonato Amazonense Série A), quando um desconhecido, na arquibancada da torcida do Nacional, passou a praticar injúria racial contra ele, proferindo as seguintes palavras: “Tá marcando errado seu macaco”. E tornou a repetir a mesma frase, apontando o dedo em sua direção, o que causou paralisação momentânea do jogo. A vítima informa que o agressor conseguiu fugir, sem ser identificado.”
Entenda o caso
O assistente Uesclei Regison Pereira dos Santos afirmou ter sido vítima de injúria racial na partida entre Nacional e Princesa, na noite desta quarta-feira, na Arena da Amazônia, pela quarta rodada do Campeonato Amazonense.
Uesclei afirma que foi chamado de macaco por um torcedor que encontrava-se na torcida do Naça. O jogo chegou a ficar paralisado por cerca de cinco minutos, a pedido do auxiliar, que identificou o agressor no mesmo momento.
Homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) chegaram a conversar com o quarto árbitro, mas ninguém foi detido ou encaminhado para prestar depoimento. Segundo a FAF, os policiais informaram que estavam atrás do bandeira e não ouviram qualquer insulto de natureza racista.
A ofensa teria acontecido quando o jogo estava 2 a 0 para o Nacional. O lateral Paulinho chegou a fazer o terceiro gol, no segundo tempo, mas Uesclei marcou impedimento, alegando que o atacante Romarinho, que estava embaixo da trave, teria participado do lance. >

Fonte: Internet
Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 2014, 2015, 2016, e 2017 com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui
Fonte: GloboEsporte